domingo, 21 de setembro de 2008

A famosa STUDIO


Ontem, sábado, foi a abertura duma discoteca de inverno. A abertura estava anunciada por todo lado. A famosa chama-se STUDIO. Andámos a semana inteira a pensar nessa noite. Depois do fiasco da noite de sexta-feira, a noite de sábado compensou! Superou as expectativas(falo por mim). A noite começou com um jantar em casa. Depois encontramo-nos todos em casa dos da nova (palos, travassos, bernardo e xico). Fizemos uns joguinhos e depois, já mais alegres, fomos pra tal discoteca. Fomos de táxi (perdemos a cabeça). Pagámos cerca de 8 euros para entrar (caro). Mas valeu a pena, foram bem gastos. O parque de estacionamento recheado de boas viaturas, lá dentro era gigante, tinha dois andares, muito bem frequentado, mesmo! Bailarinas a dançar numa espécie de andaimes, outras em baloiços, engraçado. A noite cá acaba mais cedo e por volta das cinco e tal da manhã começaram a mandar sair. O regresso já foi de transportes públicos (mais económico). Espero lá voltar muitas vezes e muitas delas na companhia dos que nos vierem cá visitar!


Beijinho/Abraço

sábado, 20 de setembro de 2008

Auschwitz-Birkenau

Na viagem a Cracóvia decidimos ir visitar os incríveis campos de concentração de Auschwitz e Bikernau, símbolos do Holocausto perpetrado pelo nazismo. A partir de 1940 o governo alemão comandado por Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área, então na Polônia ocupada. Houve três campos principais e trinta e nove campos auxiliares. Havia mais um campo, porém foi destruído pela armada russa após a II Guerra Mundial. Ficámo-nos, então, pelos campos que restam. Tenho-vos a dizer que foi o dinheiro mais bem gasto dos últimos tempos. Acho que pela primeira vez ouvi atentamente, do inicio ao fim, tim por tim o que a guia dizia. A visita guiada foi feita em inglês e através de phones o que permitiu estarmos sempre em alerta em relação ao que era dito pela guia. Foi de facto uma experiência única de ver e sentir de perto o que durante muitos anos se tornou um inferno para grandes aglomerados populacionais oriundos dos vários cantos do mundo.




Eram desumanas as condições em que as pessoas viviam. Havia celas, praticamente sem luz, com apenas sete metros quadrados onde dormiam quarenta (!) pessoas. Outras de noventa centímetros de largura onde ficavam quatro pessoas por cela, sem se quer ter espaço para se deitarem. Tinham de ficar de pé.




Imaginem só que cerca de cento e trinta pessoas, ao mesmo tempo, faziam as suas necessidades apenas a dez centímetros da pessoa do lado. Já para não falar no facto de que os animais, como os cavalos, tinham melhores condições que as pessoas. Enfim, uma verdadeira humilhação ao Ser Humano.



Em termos pessoais e até penso que posso falar por todos, achei a visita espectacular principalmente pelo facto de que nada do que vimos foi remodelado. Os terrenos, os carris por onde vinham os comboios e as camaratas são as mesmas que existiram durante a segunda grande guerra.




Aconselho a todos irem lá visitar!


Quanto à viagem de regresso há que dizer que foi feita debaixo de chuva intensa mas às quatro da manha já estávamos em Budapeste. Dormimos poucas horas pois no dia seguinte tivemos aulas às oito.


Beijinhos e abraços

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cracóvia (Parte 1)


Chegou então o dia da nossa primeira “grande viagem”, desta feita rumo a Cracóvia. Tínhamos cerca de 400 Km’s de estrada pela frente, agora o que não sabíamos é que íamos demorar cerca de 7 horas para os fazer. Até podem pensar, “Ah e tal devem ter posto as miúdas ao volante!”, o certo é que não há auto-estradas (portanto vamos lá parar de mandar vir com as condições em q ue se encontram as portuguesas – são óptimas acreditem) . Mas como devagar se vai ao longe, lá chegámos ao destino. Acabados de chegar e debaixo de chuva (e sem um mapa da cidade!) estávamos “perdidos” como é óbvio. Decidimos então abordar uma senhora que passeava tranquilamente o seu cão, acerca da direcção que devíamos tomar. Esta deu-nos mapas, indicou-nos os hostéis e onde parar o carro sem pagar parquímetros. OBRIGADO a essa senhora mais uma vez!

Mal estacionámos o carro fomos logo tratar de arranjar dormida. Dormimos num hóstel com óptimas condições e pagámos cerca de 12€ por noite. Passados alguns minutos chegou o resto da comitiva tuga, os nossos amigos da Nova (Travassos, Bernardo, Chico, Pedro) acompanhados de Marina (uma estudante brasileira que também já faz parte do grupo). Fomos tratar do jantar, que acabou no inevitável McDonald’s. A seguir ao “jantar” fomos até uma discoteca descobrir as maravilhas da noite polaca. E que maravilhas…






No segundo dia acordámos por volta do meio-dia e decidimos ir à descoberta de Cracóvia. Demos uma volta pela cidade e visitámos locais como o Castelo de Cracóvia onde vimos uma exposição do exército polaco, uma igreja medieval, a parte velha da cidade, passando pelo mercado da principal praça de Cracóvia. Com tudo isto precisávamos de uma boa refeição para repor as energias depois de um dia cansativo. Procurámos restaurante para 10 pessoas, o que é sempre complicado. Ao fim de largos minutos de persistência e com a barriga a dar horas lá o encontrámos. Comemos uma sopa típica óptima, seguida de um belo bife com batatas fritas (isto nada típico já). Os preços em Cracóvia são inferiores aos de Budapeste e Portugal. A refeição rondou os 10€. Nessa noite o grupo dividiu-se e houve quem optasse por ir sair ou ir descansar, o meu caso e do Gonçalo. Isto porque no Domingo e último dia, havia agendada uma visita aos incríveis campos de concentração de Auschwitz-Bikernau. Por ser uma visita única e impressionante em todos os pontos de vista, passamos a descrevê-la no próximo artigo.



Feira dos Vinhos


No passado dia 11 de Setembro fomos até uma feira de vinhos que se realizou aqui em Budapeste, mais propriamente na parte de Buda (se ainda não sabem a cidade está dividida pelo rio Danúbio, de um lado Buda do outro Peste).


Quanto à feira em si há que dizer que tinha muito vinho (até Português havia!), queijos, enchidos, entre outros petiscos. Até aqui tudo bem, em Portugal também temos disto, agora o que nos chamou mais à atenção foram determinadas personalidades do sexo feminino que frequentavam a mesma (!)...(comprovar na foto em baixo)





A noite acabou cedo, pois o dia seguinte avizinhava-se cansativo, visto que a comitiva lusa seguia até Cracóvia (Polónia).



quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cá estamos...

Bem chegou a minha vez de escrever qualquer coisa no BudaFest. Até gostava de vos saudar com um “Olá” em húngaro, o problema é que vocês nem sonham o que é esta língua. Não se percebe absolutamente nada. Imaginem só que mal chegámos, pegámos num jornal e tinha lá uma palavra com 31 (!) letras. Acham normal?! Ridículo!

Quanto a Budapeste não quero repetir o que os meus home mate já disseram mas passada uma semana, pode-se dizer que estou a adorar a cidade. Tem de facto edifícios lindíssimos, mais antigos e clássicos comparativamente a Portugal (deliciem-se com as imagens porque elas falam por si). Existem algumas construções que ainda têm marcas de tiros da II Guerra Mundial. Os prédios por fora são algo sinistros. Quando entramos só pensamos: “onde nos viemos meter!”. São mesmo muito sinistros mas as casas acabam por ser muito loucas.

Ainda não tive tempo para conhecer muita coisa, mas já passei pelo Parlamento húngaro e pela casa da Opera (que por sua vez fica ao pé da nossa casa). Também já cheirei o lado Buda. Tem uma vista fantástica para o lado Peste (onde estamos).


Saímos logo na primeira noite. Fomos para uma discoteca muita porreira, chamada RIO. Apenas um pequeno pormenor a salientar: cá só existem cervejas a partir de ½ litro, por isso imaginem bem os monstrinhos que os meninos não são.

A nossa universidade está dividida em dois edifícios. O novo e o mais antigo (o principal). Bem, o novo é qualquer coisa. Parece que estamos a entrar num edifício da NASA. Ao contrário da maioria das construções aqui, é super moderno, cheio de novas tecnologias. Por breves instantes ainda pensámos que seria motivante vir para cá estudar lol mas rapidamente voltámos a cair em nós quando descobrimos que a universidade tem uma discoteca (!). É verdade, mas mais parece um escombro escuro e pequeno. Ainda mais nos apercebemos de que de facto: “não meus amigos, nós não viemos para aqui estudar, de todo!” quando fomos fazer o nosso horário. Antes de mais queria partilhá-lo com vocês… Pois bem, quinta e sexta-feira não temos aulas! Ah pois é, isto não é para todos. E mesmo assim, os outros dias da semana não são, nem de perto nem de longe, dias sobrecarregados.


Este fim-de-semana decidimos alugar um carro e ir rumo a Cracóvia (Polónia). E é assim que começará a nossa viagem pela Europa fora. Com o nosso horário e com as facilidades de transportes que existem e dada a situação geográfica da Hungria temos mais é que aproveitar. Cracóvia será então o primeiro de muitos destinos que visitaremos ao longo destes cinco meses.

Não querendo tornar-me repetitivo, e tendo em conta o que já foi referido pelo Rui Gaspar COSTA e o João Nunes, deixo então aqui o meu primeiro testemunho.

































Até já! Esperamos por vocês.

Beijinhos e abraços

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Assim só um cheirinho do que isto tem sido...

Meus caros,

Estou cá há 17 dias e escrevo pela primeira vez para este promissor blogue.
Têm sido uns dias fantásticos, não muito culturais nem produtivos, mas não se pode querer tudo. Tenho visto mais a lua do que o sol, mas como ainda não começaram as aulas há que aproveitar. Próxima semana começam as aulas e esta vida vai ser mais condicionada (mas não vai ser muito calma...).

Nas duas primeiras semanas fiquei alojado em casa da malta da nova (Pedro Palos, Francisco Travassos, Francisco Burmester e Bernardo Sacadura) a quem, mais uma vez, agradeço. Uns porreiros! Foram 15 dias muito atribulados, com casa sempre cheia de pessoas que estavam de passagem por Budapest, noitadas quase todos os dias, acompanhadas dos já normais copos e em excelentes discotecas, algumas mais bem frequentadas do que outras. É claro que durante dia, ou o pouco que restava dele, não dava tempo para grandes visitas culturais. No entanto já visitei alguns pontos turísticos. Fiquem sabendo que já estive no maior parlamento da Europa e também nos aventurámos numa visita ao maior lago da mesma ( Balaton Lake).




Passo então a contar a aventura. Fomos os portugueses, os da nova e os da católica, com o pessoal de Erasmus da faculdade da malta da nova. As nacionalidades eram, entre outras: brasileira, francesa, polaca, canadiana, colombiana e italiana. Éramos cerca de 25 pessoas. Começou com uma viagem de comboio, sinistra, comboio cheio, sem lugar para sentar, e com o calor o mau cheiro sobressaía, imaginem! À chegada procurámos algo onde pudéssemos dormir, encontramos uma casa duma senhora que alugava quartos. Assim foi, 3000HUF (que são +/- 12€) por pessoa. Conclusão: a casa estava por nossa conta! De seguida fomos ao lago. Com a temperatura a rondar os 26/27 graus centígrados, rapidamente entramos dentro de água! Ficamos de molho durante largos minutos. Depois demos uma volta pela cidade, vila, aldeia ou lá o que aquilo era. Chamava-se Siofok (deve ter um acento qualquer). Fomos para casa e depois fomos jantar…pela primeira vez experimentei a tradicional e conhecida Goulash Soup! É uma espécie de jardineira mas com mais molho, mais picante. Fomos a casa para tratar dos assuntos que tínhamos deixado a gelar no frigorífico e depois destes terem sido tratados com sucesso (já alegres), fomos à zona dos bares. Dançamos e tal…o normal! No dia seguinte, acordamos pelo meio dia, deixámos a casa e fomos para o lago outra vez. Depois tivemos que nos vir embora, no tal comboio sinistro. O comboio no regresso estava ainda mais cheio, não têm noção! Alguns de nós, inclusive eu, conseguimos arranjar uns lugares na primeira classe (o nome engana, porque era pior do que qualquer 2ª classe num comboio português). Um calor infernal e, mais uma vez, um cheiro insuportável. Tudo isto durante quase 3 horas!


Na passada segunda feira, o tão esperado dia chegou: open day. Eu estava ansioso para pelo menos ver o que me esperava, quer em termos académicos quer em termos das pessoas. Quanto à primeira correspondeu às expectativas, mesmo tendo chegado atrasado e só ter assistido metade da acontecimento, pareceu-me ter escolhido uma boa universidade para estudar (sim…a principal razão da minha estadia cá são os estudos! Lol! Não pensei que vim prolongar as minhas férias). Quanto à segunda parte, as pessoas, ainda não conheci muitas, mas fiquei deveras satisfeito com o que vi! Nesse mesmo dia à noite, houve a Welcome Party na discoteca da faculdade (sim…a faculdade tem uma discoteca! É uma cave mas deu para nos divertirmos e para conhecer mais uns e umas!). Havia karaoke e o álcool cantou por nós ( as fotografias dizem tudo, imaginem os vídeos).

(Mãe...eu era o unico sóbrio naquela discoteca...)

Ah, já me esquecia duma coisa muito importante para nós e para vocês: a nossa CASA! Temos uma mansão com 3 quartos! Dois deles têm um upper-deck com a cama lá em cima. A sala não é muito espaçosa, mas não falta espaço! Temos televisão, com TVcabo e Internet com wireless! Um luxo! Agora só têm de dizer quando é que estão a pensar cá vir!

Já conheço aí umas discotecas e bares porreiros. Daquelas em que se tem de andar encostado à parede para se conseguir ver as senhoras que passam! Porque se andarem no meio, olham para as que passam do lado esquerdo e perdem outras tão ou ainda mais giras e com corpos bem desenhados! Mas muitas andam acompanhadas por ratos do ginásio…é pena. Têm de vir cá e ver com os próprios olhos, terei todo gosto em vos receber e mostrar estes sitos e paisagens!

Hei-de continuar a escrever…

Espero por vós cá!

Beijinho/Abraço

Inté

A magia de Budapeste







segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Primeiros dias



No dia 5 e como estava previsto, arrancámos rumo a Budapeste, onde já tinhamos uma comitiva portuguesa à nossa espera, entre os quais João Nunes, guia turístico de renome internacional, que veio a ser determinante no contacto com a nova cidade (já cá estava há cerca de uma semana).

A viagem de avião foi diferente do normal, visto que o meu primo nos convidou para deslocar e aterrar no cockpit, bem como fazer o resto da viagem em classe executiva! Um obrigado ao comandante!

A ajuda do Nunes foi determinante, visto que já tinha visto várias casas. Mal chegámos fomos ver uma e ficámos logo com ela. Tem 3 quartos, 2 casas-de-banho, uma cozinha bem equipada. A sala ainda está em construção (é verdade a casa não tinha sala!)

Na primeira noite fomos até uma discoteca para nos ambientarmos, chama-se Rio e tem um espaço bastante agradável.

Quanto à universidade há que dizer que tem um edifício, onde foi a nossa apresentação, que é do mais moderno que existe, foi inaugurada o ano passado. A nossa faculdade é noutro edifício, também ele bastante engraçado, uma velha alfândega que se encontra em remodelação.

Vinhamos preparados para o frio, mas o que é certo é que as temperaturas rondam os 30 graus durante o dia e os 20 e muitos à noite.

No nosso primeiro fim de semana fomos até Balaton, o maior lago da Europa Central. A viagem de comboio para lá demorou cerca de 2 horas, passadas no chão do comboio. Se o comboio tiver 500 lugares são capazes de vender 1000...

Quanto ao lago nada de especial, andávamos kms e a água sempre pela cintura. Na viagem de regresso não nos deixámos enganar, viajamos em 1ª classe, mas com os bilhetes normais. O pica bem falou connosco mas esta lingua é impossível de perceber e lá seguiu como se nada fosse.

Bjs e abraços

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